Este blog é cria do Ronronando sob as estrelas. Criei-o porque o Ronronando está se tornando um blog família e há certas coisas que não podem(ou pelo menos não devem)ser ditas num blog família. Espero fazer aqui um espaço de liberdade para as idéias. Vamos ver no que dá...
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Um trem para a perdição...
Do hotel, fui para a estação, comprei bilhetes para Napoli e para Vietri sul Mare, que eu achava ser o nome da estação de Amalfi e que, na verdade, era uma cidade (se é possível chamá-la assim) e peguei um trem para Amalfi. Essa escolha me valeu uns euros de desconto no bilhete. Explicação: quando liguei para a Dora, ela me disse para ir até Salerno, uma estação depois de Vietri, que eles me pegariam lá. Comprei outro bilhete para lá? Claro que não. Viajei uma estação de graça, o trem era tão pequeno que só havia o condutor, o bilhete era validado na estação de partida, ou seja, Napoli. A propósito: no trem para Roma esqueci de validar o bilhete antes de embarcar, mas não ardi no inferno por isso, nem fui jogada para fora. O bilheteiro validou o bilhete no trem. Há inclusive a venda de bilhetes no trem, com o próprio, mas sai mais caro e aí, talvez, ele não o olhe com simpatia.
Conoscere Napoli e poi... morire...
Napoli merece um comentário e um título à parte, ainda que eu nem mesmo tenha saído da estação. Nenhum napolitano admite (nem sob tortura, nem mesmo que ameacem a vida de sua mãe ou filhos) que não sabe algo. Sabe aquela história de que homem não admite que está perdido? É mais ou menos isso. Quando saltei em Napoli, eu me vi perdida numa estação com várias plataformas, afinal, alí é uma estação que serve de passagem para muitas outras cidades. Logo, eu não tinha a menor idéia de qual plataforma escolher. Perguntei a um carregador qual era a plataforma (ele deveria saber, afinal ele coloca malas no trem. [Agora imagino se as pessoas que entregam as malas a ele algum dia as vêem de novo. Talvez as malas estejam na Indonésia, agora, surfando]). Indicou-me uma e eu, ingênua, fui para lá. Um fedor miserável de urina (será que alguém faz xixi tão em público? Quem quer que tenha peito para faze-lo, certamente é homem[perdoem-me os meninos, mas quantas mulheres são vistas se aliviando em público?]) e nada de trem. Fiquei lá uns minutos, mas comecei a me sentir esquisita: será que eu iria ser a única pessoa a embarcar no trem? Resolvi pedir uma segunda opinião. Dessa vez, porém, o cara (outro) resmungou qualquer coisa incompreensível. Procurei uma terceira opinião. O cara me apontou uma tv onde se via algo que parecia os animais vencedores nos vários páreos de uma corrida de cavalo. Resolvi desencanar(desencanar, aliás, é uma gíria esquisita: quando foi que nos tornamos canos para, então, desencanar?) e fui comprar uns cartões postais pra mandar pro povo daqui. Comprei-os e voltei a procurar uma luz. Olhei o bilhete e vi algo como piazza garibaldi, não lembro bem e agora não acho o bilhete. Enfim, vi um nome: comecei a procurar e achei uma placa indicando a tal piazza. Finalmente, a Luz!! Desci umas escadas, gente, como sofri com a mala da mala(as rodinhas fazem com que, nas horas mais impróprias, ela vire! Mas ruim com elas, pior sem elas.), mas cheguei lá e, na plataforma, conheci um senhor que foi meu guia turístico até Vietri, onde saltou. Indicou-me para onde olhar quando passamos por Pompei Ercolano e mostrou-me onde era Capri.
No próximo post eu digo o que achei dos lugarejos italianos...
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