Este blog é cria do Ronronando sob as estrelas. Criei-o porque o Ronronando está se tornando um blog família e há certas coisas que não podem(ou pelo menos não devem)ser ditas num blog família. Espero fazer aqui um espaço de liberdade para as idéias. Vamos ver no que dá...
domingo, 13 de janeiro de 2008
Ser feliz é 'fucking great'!!!
Outro dia a sorte do orkut dizia que o amor-próprio era nosso primeiro e último amor. Concordo. Por mais que acreditemos que alguém nos ama, de nada vale esse amor se nós mesmos não nos amarmos. É preciso coragem para se assumir com todos os defeitos e qualidades inerentes ao ser humano, mas se essa assunção não acontece, todo o resto fica danificado, porque todas as atitudes visarão à eliminação dos defeitos e a valorização das qualidades. Mas o que são defeitos e o que são qualidades? Por que nos é tão fácil fazer uma lista de defeitos e se alguém nos pergunta a respeito das qualidades apelamos sempre para aquelas básicas pelo simples fato de que não conseguimos verbalizar o que temos de bom? Por que sempre relacionamos nossos defeitos a características físicas e nossas qualidades a características intelctuais? Os filmes e revistas sempre mostram mulheres que ou são belas, ou são inteligentes. É sempre o ou, nunca o e. Pesquisas já relacionaram fracassos amorosos a sucesso profissional e/ou intelectual, como se uma maldição rondasse aqueles que são bem-sucedidos. Ontem mesmo, assisti a um filme belíssimo, O espelho tem duas faces, onde dois professores universitários vivem um estranho conto de fadas. Enquanto a mulher buscava o romance, o homem fugia do sexo. E romance sem sexo, depois de um tempo deixa de ser romance. Ele fugia, porque acreditava que o fracasso de seus relacionamentos se devia à má influência do sexo, mas, na verdade, o insucesso se dava porque ele não sabia escolher as pessoas com quem se relacionava. Ela, ao invés, não encontrava o amor, o romance, porque não tinha confiança em si mesma, achava-se feia e desse modo os outros a viam, pois era assim que ela se mostrava. A beleza em si, pouco importa, mas o modo como nos mostramos ao mundo, como permitimos que nossos amigos e candidatos a amor nos vejam, essa visão é decisiva, é a diferença entre ter amigos e ter amores. O ideal é ter os dois, pois a amizade é um dos melhores tipo de amor que temos na vida, na verdade, sabendo escolher o amigo e manter vivo o relacionamento, a amizade é mais duradoura do que o amor romântico, mas ela não o substitui. Há coisas que um amigo não pode fazer, por melhor que ele seja. Enquanto Alex, a professora, anulou seus desejos em prol dos desejos de Greg, o professor, a única coisa que ela encontrou foi a frustração: não dá para ser feliz com alguém, sem ser absolutamente honesto consigo mesmo! Não importa o quanto você seja honesto com o outro, é com a sua consciência e com os seus desejos que você realmente dorme. Sem honestidade, o outro a seu lado é apenas um enfeite sem utilidade que, no máximo, dará uma satisfação à sociedade. Alex viveu uma mentira por meses, ela sabia que ele não a conhecia de verdade, ela sabia que ele não vira o fim da aula e, portanto, perdera o momento em que ela realmente assumira perante os alunos, que viver um amor, com tudo o que isso significa, é 'fucking great!'. Mas, apesar de ter consciência da mentira, ela aceitou e se escondeu ainda mais dentro de si mesma, recebendo muito menos do que desejava e merecia. A questão que eu levanto é: dá para amar num mundo como o nosso? Um mundo onde a verdade tem cada vez menos espaço, onde a futilidade impera, onde é crime de lesa majestade ter celulite? Dá, sim, desde que você não se deixe vitimar, desde que você se assuma como é, com celulites e tudo, e não aceite nada menos do que você merece. Desse modo é muito possível ser feliz. E ser feliz é realmente 'fucking great'!!!
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