Novamente fui assombrada pelas gargalhadas noturnas. Elas estão se tornando um problema, primeiro porque eu preciso dormir; segundo, porque é muito esquisito rir de seus próprios pensamentos. Como alguém vai me levar a sério se nem eu mesma me levo?A risada da vez é fruto da leitura de um blog, não de uma aula. Meu antigo professor ficaria muito triste se descobrisse que não mais me provoca risadas na cama[para entender esse comentário, leia 'rindo da minha morte', mais abaixo]. Ou talvez ficasse cabreiro se soubesse que eu ria dele na cama, afinal, homem nenhum quer ser motivo de risadas no leito, especialmente se quem ri é uma mulher. Esse blog é escrito por dois jornalistas, ou seja, a quatro mãos, mas o post que tanto me fez rir à madrugada(será que é isso mesmo?) passada foi escrito pela moça. Era sobre um workshop sobre sexo, algo do tipo, 1001 técnicas de enlouquecer seu homem ou quebrar-lhe as costas. O que vier primeiro. Ela citou o ‘programa’ do curso, o local, custo e uns links relacionados. O tal ‘curso’ custava R$250,00! Confesso, que, no momento, eu jamais daria R$250,00 por um certificado que eu não pudesse declarar no meu curriculum lattes. Não que haja algum impedimento para tal declaração, pelo contrário, existe local para declarar seus dotes... hã... hum... ‘artísticos’, mas se eu fizesse o tal curso, sentir-me-ia um pouco tímida para declarar total domínio da técnica de ‘oral sex from Thailand’ da mesma maneira que alguém declara saber tocar piano. Ademais, eu sempre pensei que pompoarismo fosse algo relacionado a pompons, mas, pelo visto, não é, e, para além dos preconceitos, declarar o conhecimento de tais técnicas no Lattes poderia pôr-me em maus lençóis: e se algum membro(ops!!!) de uma banca de concurso quisesse uma demonstração? Eu já tive ocasião de discordar de um membro de uma banca e isso causou a minha reprovação. A diferença é que, naquela banca, eu discordei de uma metáfora de futebol.Uma confissão: eu nunca entrei em uma sex shop! É que sou do tipo azarado. Se entrasse numa em Cingapura, na saída era capaz de dar de cara com o padre da minha primeira comunhão! Uma época, na adolescência, eu ia para a praia com amigas. Nós ficávamos na casa da família delas e tínhamos ordens expressas de não sair à noite. Por mim, tudo bem. Não via muita graça em boites de praia do interior, ainda mais fora de temporada. Mas, como elas iam, eu ia junto. Uma vez ficamos lá, na casa, durante uma viagem dos pais delas e, num sábado, a irmã caçula foi dormir na casa de uma amiguinha. Lá fomos nós! Dançamos um monte, era verão, alta temporada, o lugar lotado. À meia-noite, resolvemos sair para pegar um pouco de ar. Quem passa de carro bem na hora em que estamos as 4 na frente do lugar? A irmã caçula! A guria nos ameaçou por dias, até que cansamos e preferimos a bronca às chantagens!Bom, voltando ao tópico, resolvi visitar um dos links relacionados. Óbvio que foi o da sex shop. Admito que alguns paradigmas foram derrubados! Eu não sou tão esperta quanto supunha, pois até agora não entendi a relação entre ‘rabbit’ e um vibrador que não parecia um coelho! Cliquei na foto, esperando que, ampliada, aparecesse um desenho de um coelho, ou, quem sabe, um rabinho tipo pompom. Talvez umas orelhas pontudas... nada! E havia vários com esse nome. Será que é para disfarçar na conta do cartão de crédito, para esconder dos pais ou dos maridos a compra de um vibrador? ‘Filhinha, você comprou um coelho?’, ‘Sim, pai!’, ‘E cadê?’, ‘Fugiu quando eu abri a caixa!’. Ou será que tem alguma relação com a velocidade do intercurso sexual do coelho?Outra coisa curiosíssima: havia um vibrador pequenininho(5.5 cm! Depois tem gente que reclama do tamanho! Viu como isso é subjetivo? Daria uma boa discussão, mas jamais exporei minha opinião sobre isso aqui!), com uma cordinha onde havia algo que parecia ser um interruptor. O site diz que ele é discretíssimo e silencioso, aí, agora há pouco, quando eu ria na cama, eu pensava: discrição para quê? Não é algo que a mulher usará sozinha ou, no máximo, com um parceiro, entre quatro paredes? Se você não vai usar em público, não há necessidade de esconder... foi quando eu imaginei alguns usos no dia-a-dia. Ao visualizarem a cena, imaginem um locutor do tipo Casseta & Planeta.
Você está numa palestra chatíssima, está com muito sono e o palestrante, chatíssimo, fala num tom que lembra canção de ninar? ‘SEUS PROBLEMAS ACABARAM!’ Com um discreto movimento, você liga o seu discretíssimo vibrador e todos vão achar que você está amando a conferência! O único porém é que o palestrante mala pode achar que você o está paquerando e grudar no seu pé! Você está numa fila interminável(banco no dia 10, emergência de hospital público logo após uma incursão da PM ao morro etc.): um clique e você esquece tudo, até da dor da unha encravada e inflamada dentro do sapato que a sua irmã lhe emprestou(sendo que ela calça 33 e você 35). Ou, para homenagear nossa admirável ministra do turismo, você descobre que vai passar o carnaval dentro de um aeroporto lotadíssimo, sem lugar para sentar, a não ser sua mala! Você liga o danadinho, relaxa e goza!
Outra utilidade, no site ele é denominado ‘Mini Wireless Vibe’. Wireless é coisa de internet. Será que dá para acessar a net com ele? Só acho que, com duplo uso, deve ser meio difícil de visualizar o site, né?! Agora, cá entre nós, onde já se viu fazer um vibrador que parece um ob!Enfim, ainda prefiro acreditar que o segredo do sucesso de um relacionamento esteja num triângulo, a saber, amor, diálogo e confiança. Se esses três elementos não bastarem para fazer um casal feliz, curso nenhum bastará. Mas outro dia eu volto para descobrir para que servem os bonecos(com certeza, não são para brincar de guerrinha. Bom, agora que a Barbie é uma boneca livre, pode ser que ela faça uma festinha com um deles. Ou, quem sabe, dois!). E aproveito e digo o que penso sobre as fantasias de empregada e relacionamentos.Quer conhecer o site? http://www.a2rio.com.br/
O texto que inspirou este texto foi postado pela Mirelle.
Nenhum comentário:
Postar um comentário